1.8.04

Festa de jornalista
É assim: um monte de gente parada de copo na mão, conversando em grupinhos. Tipo um churrasco à noite, com música alta e sem carne. Alguns dançam descontroladamente qualquer coisa, nem que seja a quinta de Beethoven que esteja tocando -- e, meus filhos, saber encadear palavras não é garantia nenhuma de competência no gingado, muito pelo contrário. Outros não mexem o corpo mas nem que a vaca tussa. O papo varia dois centímetros entre o famoso e insuportável "e aí, onde você está trabalhando?" e as fofocas do último passaralho ou quem-está-comendo-quem. Eles bebem bastante para tomar coragem de chegar perto delas -- provando a máxima que é em festa de jornalista que começa o ritual de acasalamento para a reprodução em cativeiro típica da espécie.

Nenhum comentário: