4.1.05

Parole Parole Parole
O que cinco dias sem Internet não fazem com um ser humano. Dei cabo de cinco livros na praia, um total de 1689 páginas em 120 horas. Nem quero fazer a conta de quantas páginas isso dá por hora que é para não me assustar.
As incríveis aventuras de Kavalier & Clay -- Ele estava juntando poeira na minha estante há uns dois meses. Alguma coisa me dizia que eu tinha que dar a esse livro toda minha atenção, e para isso, só sujando a capa de areia. Eu estava certa. Quadrinhos, Nova York, sobreviventes da Segunda Guerra. Eu literalmente fugi da festa de reveillon pra continuar lendo, e não me arrependi nem um bocadinho.
Amestrando Orgasmos -- Fixação por gatos, comentários de notícias esdrúxulas e croniquinhas sobre relacionamentos homem-mulher. Mais um blog? Não, o livro do Ruy Castro. Se pelo menos todos (eu incluída) escrevessem como ele... Vai ser hit entre as cadeiras de praia. Pelo menos deveria, se o Código Da Vinci deixar.
Por um fio -- Tinha meus motivos para fugir do Drauzio Varella. Achava que, mais página, menos página, alguma história ia ser familiar demais e eu não ia agüentar. Não foi o caso, tem algumas coisas que descobri que tenho que enfrentar. E no final, deu até pra rir, olha só.
Como fazer inimigos e alienar pessoas -- Toby Young é um jornalista inglês incrivelmente sem noção que aproveitou seu filme queimado com metade da imprensa "de glamour" para tirar um troco escrevendo as memórias de seu tempo em Nova York, trabalhando para a Vanity Fair. É divertido ler sobre auto-sabotagem profissional. Dos outros, é claro.
Amêndoa -- Se não tivesse sido escrito por uma marroquina muçulmana, com toda aquela repressão, coisa e tal, seria apenas mais um pedaço de literatura erótica, levemente superior àqueles "Sabrina" de banca de jornal. Tenho meio bode de livro em que o contexto do autor é mais importante do que o texto.

Nenhum comentário: