Preto-prata-preto-preto-prata-preto-prata...
No estacionamento, no cruzamento, na avenida. Todos iguaizinhos, na cidade cinzenta.
O que aconteceu com os vermelhos, vinhos, verdes, azuis, marrons, amarelos (amarelos!) da minha infância?
Não são comerciais, dizem os vendedores. Prata e preto, mais chique, né? E vendem melhor. Um chegou ao ponto de me desencorajar enquanto considerava um vermelhão-sangue. Olha, eu perco a venda, mas não deixo o cliente fazer mau negócio, orgulhava-se.
A cliente ele perdeu mesmo, que saiu de lá revoltada com a falta de personalidade dos motoristas desta cidade.
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