"Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece" home edition
Não bastasse ter encerrado a reforma aos berros com o arquiteto, cada hora aparece algo. Tomada de banheiro que queima dois secadores de cabelo, soquete da sala que reveza com o do quarto nos curtos-circuitos, pia bamba, suporte de cortina de box que cai e, por favor, nem me deixe começar as histórias do chuveiro do meu banheiro ou do aquecedor.
Aí, segunda à noite, nada de água quente e cheiro de gás na área de serviço. Tento me enganar, mas é fato, está vazando. Convocada a Comgás, veio o veredito: o vazamento vem da parede. Claro que tinha a ver com a tubulação e claro que o funcionário da Comgás vai embora cheio de recomendações e sem ter feito nada de concreto.
O mestre-de-obras careiro do primeiro andar aparece para quebrar a parede, acha o vazamento, e diagnostica: o problema é que a tubulação está toda errada, dona, fizeram com um cano mais fino do que deveriam, e a rebimboca isso, e a parafuseta aquilo. Só arruma o vazamento, moço, porque óbvio que arrumar o suposto erro significaria em quebrar o piso todo, e não tenho paciência e muito menos dinheiro para isso agora.
Duas horas mais tarde, ele liga que tá tudo arrumado.
À noite, chego em casa, tem água quente? Claro que não.
Hoje de manhã, mais um diagnóstico preciso: é problema no aquecedor, dona, porque o vazamento tá consertadinho. E como é que eu discuto? Toca ligar pra assistência técnica, marcar visita, tá na garantia mas tem que pagar a visita do técnico. Óbvio que tem pagar a visita do técnico.
Ah, e o chuveiro elétrico do quarto de empregada, que eu tinha colocado para eventualidades como esta, queimou no primeiro banho.
Diz que banho frio faz bem pra pele, né? Grrrr.
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