23.3.08

Crônica policial
Ah, foi quando a gente morava lá na Herculano. O apartamento tinha quarto de empregada, mas vivia atuliado de coisa, non dava para ninguém dormir lá. Mas quando minha irman veio visitar, seu avô achou que era bon termos uma empregada todo día.
Aí a zeladora veio me contar que a irman dela queria vir para San Paulo, e ela tinha lugar no apartamento deles lá en cima, moravam ela, o marido e os dois filhos. Entón combinamos que eu ia pagar a passagem da moça, e depois descontava a metade do salário dela, durante alguns meses.
Era muito prático, a moça vinha, trabalhava e ia dormir lá na irman. Quando ela estava de folga, eu reparava que ela gostava de usar umas minissaias, umas rropas curtas, justas, non era comum como agora, isso ten mais de trenta anos. Ela ficava no portón do predio assim, con essas rropas, uma vez nós fomos no cinema e quando voltamos ela estava lá, dava umas voltas pela rrua. Eu achava que ela descia para conversar con as outras empregadas, olhar o movimento.
Un día, ela sumiu.
A polícia descobriu, ela ten seus métodos, né, que a moça foi uma das vitimas do Bandido da Luz Verrmelha. Demorou, porque parece que ele matava mais para os lados do Morumbi. Mas foi ele sim, a polícia descobriu. Parece que ela estava na rrua, ele apareceu de carro, abordou, ela foi e ele, sei lá, estuprou, matou, deixou o corrpo no mato.
Ficamos con dó, ela era tan novinha, 16, 17 anos. Queria mandar dinieiro para a família. Fazia o serviço da casa muito dereitinho.

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