16.7.09

Eu, engarrafada

A multimilionária indústria de fragrâncias e essências nunca tinha me pegado, até agora. Sério, aos trinta e poucos não sei o que é um frasco de perfume acabar e eu ter que comprar outro. Normalmente, eu empapuço antes do vidro chegar a dois terços e cheiro bom para mim era o de banho tomado.
Tem anos e anos e anos que eu não comprava perfume. Os únicos que eu usava muito de vez em quando era o Bvlgari Petits et Mamans (que não tem álcool e portanto dura menos de cinco minutos) e um extrato de baunilha da Occitane que não existe mais e eu descobri isso depois de derrubar o meu no chão do banheiro e tentar comprar outro.
Aí eu espirrei um pouco do Infusion d'Iris naquela filipeta da loja, senti e me perdi para sempre. Duas semanas depois, eu sou uma pessoa que borrifa perfume em várias partes do corpo, fica cheirando o vidro só por cheirar, ele já está pela metade e eu fico com tremedeira quando penso o que vai ser de mim quando acabar.
Ele é leve mas fica na pele, tem uma coisa fresquinha mas depois fica amadeirado-fofo, é feminino sem ser, argh, adocicado e floral demais da conta. Se eu fosse um perfume, queria ser o Infusion d'Iris.

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