Vida longa ao blog
Eu resolvi abrir um blog em fevereiro de 2003. Até fui lá checar a data do primeiro post no blog antigo para ter certeza. Mais de oito anos, tava lá para ninguém ter dúvida.
Em 2003, eu não quis assinar o blog com meu nome porque trabalhava em um lugar em que ter um blog pessoal poderia ser malvisto -- isso me fez pegar o hábito de falar superpouco de trabalho. Tudo bem, esse nunca foi meu foco, mesmo. Até poderia ser, usar para autopromoção, mas nunca fui boa nisso. Não foi algo pensado com estratégia, foi muito na vontade de escrever coisas que se passavam pela minha vida em uma plataforma de publicação fácil de usar.
Atualmente, vários colegas meus que continuaram por lá têm blogs, podcasts, tudo com a marca da firma. As coisas mudaram muito neste período.
Em tese, blog hoje é um negócio que pode dar dinheiro, tem blogueiro que fica até famoso, as fronteiras entre blogs e veículos de comunicação são cada vez mais difusas, e tem quem diga que o formato blog está morrendo, por conta de novas formas de expressão online (sim, eu tenho bode da expressão mídias sociais, me deixa).
Eu não concordo. Blog é plataforma: você usa para o que quiser. Desde um mega veículo de comunicação, (né, tia Arianna?) até um diarinho virtual que você pode deixar fechado só pra quem tiver senha ler. Ou pra ninguém ler, se for o caso. As plataformas e ferramentas melhoram com o tempo -- lá por 2003, 2004, quando eu queria postar música, com os meus conhecimentos só postava a letra e o recado tava dado. Hoje é só ir atrás de um embed do youtube ou grooveshark ou qualquer outro serviço e tcharan, olha só que post mais multimídia.
Eu sei que a minha relação com o meu blog mudou, principalmente nos últimos meses. Eu sempre fui de escrever posts curtinhos, então essa parte acabou indo toda para o meu twitter. As notícias que eu comentava ganharam o botão do Share do Google Reader (se bem que essa parte pelo jeito vai voltar pro blog em breve). Facebook tomou outra parte, embora eu não use muito, mesmo. As imagens foram para o tumblr. As coisas de contos de fadas estão no outro tumblr, o Fuck Yeah Fairy Tales. O que sobra para cá?
Até sobraria bastante, mas eu entrei numas de falta de tempo para escrever textos mais longos (mesmo, nunca achei que ia usar essa desculpa, mas é a mais absoluta verdade) com uma sensação de auto-preservação pessoal muito grande. Estou passando por momentos de muita reflexão, mas que não sinto ganas de expor, pelo menos por enquanto.
Não sei exatamente o que vou fazer com este espaço. Só sei o que não vai acontecer: ele NÃO vai fechar, ele NÃO vai ficar abandonado, ele NÃO vai morrer. O resto eu ainda estou descobrindo.
5 comentários:
Não deixe de escrever por aqui ;) Fico feliz quando o blog é atualizado.
Saber que a gente é lida sempre é um bom incentivo. :)
Não feche, não abandone, não mate.
Passo por aqui desde que Ricalk me falou de seu blog. Gosto do seu texto e dos links. Sempre interessantes.
olha, post novo!
Espie, mais outro post novo!
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