Nunca tinha visto um cão farejador trabalhando antes. Era um labradorzão bonito e bonachão, em cuidado, passando o nariz por toda a bagagem da esteira do meu voo vindo de São Paulo para Johannesburgo. Foi impressionante: o bicho cismou com uma mala média, preta. Sentiu algo e sentou do lado da mala, que foi separada do resto -- o dono ainda não havia dado sinal de vida. O tratador ainda tirou a prova: duas vezes colocou a mala na esteira, e não dava outra, o cachorro ia lá e sentava. E tem códigos: dependendo do que encontra, ou senta, ou late, ou faz isso, ou aquilo. Taí alguém que faz por merecer sua Eukanuba.
Procurando algo menos trash para comer no aeroporto de Johannesburgo, encontrei um tal de Vida e Caffé, tipo um Au Bon Pain com o o menu todo em português e os funcionários falando "obrigado" cheio de sotaque. O caixa me explicou que é uma rede portuguesa, toda moderninha. Achei bonitinho. E os caras fazem uma revista bem simpática. Dá de mil a zero na de bordo da South African.
Aí que eu baixei o Horses, da Patti Smith, em homenagem ao Só Garotos lido no Natal, coloquei para ouvir no avião e minhanossasenhora, que disco é esse. Foi mal, Paul Simon, perdeu a vez.
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