28.2.13

O melhor seriado que ninguém está vendo

























Quando saíram as indicações do Globo de Ouro deste ano, percebi o quanto ninguém estava ligando para The Hour e o quanto isso era terrivelmente errado.

The Hour acabou sua (curta) segunda temporada e pode ser definido, ainda que injustamente, como um Newsroom misturado com Mad Men: uma equipe de jornalistas que faz um programa semanal de TV na BBC na Londres dos anos 50, e lógico, tem fronteiras bem difusas entre suas vidas, suas carreiras e o cenário geopolítico em que se encontram. Tem a produtora executiva competente e completamente autosabotadora, o âncora bonitão, alcoólatra e inseguro, o repórter investigativo que não sabe nunca parar de trabalhar e a editora de Internacional que sempre lembra das minhas amigas que cobrem a mesma coisa, workaholic e durona. O texto é ótimo, atuações e direção impecáveis e reconstituição de época muito benfeita -- pelo menos de figurino, morro com aquelas roupas todas.

E eu ando com mania de seriado de jornalista. The Newsroom (que é mais recente, por isso a comparação é tão injusta) foi outro que me pegou apesar de personagens neuróticos e verborrágicos além do verossímil, mas sabe o que é, falou do vazamento de petróleo da Deepwater Ocean, me conquistou.

The Hour e The Newsroom me ajudam a lembrar porque eu escolhi a minha profissão, justamente no momento em que rapaz, como tá duro ser jornalista, viu.

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