5.5.13

Outro dia eu estava conversando com um amigo, o M., sobre como conciliar satisfação pessoal e trabalho. Minha filosofia, já há alguns anos, sempre vai na linha do "se trabalho fosse bom a gente não ganhava para fazer": não importa o que a gente faça no horário comercial, em algum momento sempre vai dar um bode,  uma crise, mesmo que seja aquilo que sempre se quis fazer na vida. Precisa pagar as contas com isso? É fato, não vai ser sempre uma lua-de-mel. Melhor separar as coisas, se puder.

Mas aí eu me toquei o quanto sou privilegiada, porque bem ou mal, eu ganho a vida dentro da área que eu escolhi, e no qual faço algumas coisas direito. Posso ter minhas crises, minha indústria está num momento super difícil, mas eu ainda estou dentro de algo no qual transito com prazer. O caso dele é completamente diferente.

E na verdade, ele está procurando um jeito de se casar com seu talento,  ficar com ele durante as partes boas e as ruins, enquanto eu estava lá, insistindo para que ele continuasse o tomando como amante, só o procurando quando o resto da sua vida permitisse. Ele está certo, eu estou errada. Vá em frente, M., procure seu jeito de ficar com ele na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Eu vou torcer aqui do meu lado para que você o encontre logo e sejam muito felizes.

Nenhum comentário: