26.12.11

Reflexões de fim de ano

Outro dia me peguei pensando em um texto que escrevi há vários anos, o Algumas coisas que a vida de solteira me ensinou, que acabou passando de mão em mão em blogs e emails por aí, sempre, é claro, com umas alterações pelo caminho.

Na época, ainda na primeira metade da década, esses mandamentinhos de como se relacionar faziam um sentido danado, e vinham tanto da minha experiência quanto do que eu via acontecer com amigas.

Experiência! Eu tinha 28 anos, tanta coisa ainda estava para acontecer. O tom do email é até bonitinho, indo numas de "faça como eu estou mandando", docemente autoritária como era bem do meu estilo. Mas atualmente quando eu leio esse texto, é quase como se uma garotinha o recitasse, sem entender direito do que está falando -- não que o conteúdo não faça sentido, tanto faz que muita gente o adotou. E não aconteceu nada na minha vida que contradissesse seriamente esses tais mandamentinhos.

Mas algo não se encaixa.

Como eu conseguia ser tão taxativa? Eu super tenho um ladinho dona da verdade, admito, mas não consigo mais pensar desse jeito, agir desse modo tão duro.

Acho que suavizei. O que era anguloso, rígido e quadrado está se arredondando, ficando mais aberto. Tem que ter bom senso na vida, aprender com as bolas curvas que ela joga na nossa direção, mas descobri que não se pode perder a leveza e a generosidade. Senão, muita coisa boa que ela manda acaba passando batido.

Um comentário:

jan disse...

de 10 em 10 anos tenho que reaprender a viver. no geral.